Um domingo para ser lembrando também pelo fato desse ter sido o primeiro show que o estádio do Engenhão recebeu, e pelo visto as 45 mil pessoas não tiveram do reclamar desse casamento entre os cariocas e o Paul McCartney.
Sir. Paul McCartney subiu ao palco 15 minutos depois do previsto, às 21h45. O atrasou ajudou quem teve dificuldades para entrar no estádio, principalmente aqueles que optaram por irem de trem. Sorte de quem chegou a tempo: ele e sua banda surpreenderam ao abrirem com “Hello, goodbye”, que não entrou em nenhum dos três shows feitos no Brasil no ano passado.
O abre-alas contagiante seguiu com “Jet”, “All my loving”, “Letting go” e “Drive me car”. A cada intervalo, Paul mostrou a simpatia e o carisma de sempre, ora fazendo macaquices ora conversando com a audiência em português. Ao contrário do que fez em Porto Alegre e em São Paulo, o músico não falou gírias locais, apesar do “vocês” carregado de chiado que repetiu várias vezes em “Ob-la-di, ob-la-da”.
Mudar esse jogo não é uma tarefa nada difícil quando se tem um ex-beatle no palco. Experiente, Paul empunha o baixo e avisa: “vamos dançar esta noite?”. Só classico depois dessa frase: “Dance tonight”, “Mrs Vandebilt”, “Eleanor rigby”, “Something” (dedicada a George Harrison) e “Band on the run”.Esquecendo o show à parte que promoveu, o público carioca demorou para entrar no clima e passou a primeira metade da apresentação bastante disperso. “Culpa” um pouco do set list, que enfileirou as faixas lentas “I’ve just seen a face”, “And I love her”, “Blackbird” e “Here today” (dedicada a John Lennon).
Foi a partir dessa sequência que Paul e o público do Engenhão entraram numa sintonia que duraria o resto da noite. Sempre que tocava uma música do Wings, os fãs reagiam e juntavam as mãos indicando um par de asas. A cada murmuro ou assobio que ele dava ao microfone nascia um eco de 45 mil vozes.
A retribuição para tanto carinho veio em música. Dos Beatles. Das 14 últimas canções tocadas, 13 foram do quarteto de Liverpool. O que aconteceu a partir daí foi uma cena mágica que só quem já foi a um show de Paul McCartney pode descrever a bonita cena que é ter ao seu lado fãs de diferentes gerações se emocionando de diferentes maneiras com cada canção.
Paul se apresentou durante 2h30 e fez três bis. A ausência mais notável do set list foi “My love”, que o ex-beatle sempre tocou no piano na última passagem pelo país. Ele sempre a dedicava "gatinha” (e ex-esposa) Linda. Coincidência ou não, naquela época Paul namorava. Hoje, está noivo.
Set list
1) "Hello goodbye"
2) "Jet"
3) 'All my loving"
4) "Letting go"
5) "Drive my car"
6) "Sing the chances"
7) "Let me roll it"
8) "Long and widing road"
9) "1985"
10) "Let em in"
11) "I´ve just seen a face"
12) "And I love her"
13) "Black bird"
14) "Here today"
15) "Dance tonight"
16) "Mrs Vandebilt"
17) "Eleanor Rigby"
18) "Something"
19) "Band on the run"
20) "Ob-la-di, ob-la-da"
21) "Back in the USSR"
22) "I gotta feeling"
23) "Paperback writer"
24) "A day in the life"
25) "Let it be"
26) "Live and let die"
27) "Hey jude"
28) "Day tripper"
29) "Lady Madonna"
30) "Get back"
31) "Yesterday"
32) "Helter Skelter"
33) "Sgt. Peppers lonely hearts club band"
E para quem não pode conferir o primeiro show, hoje tem mais de Paul McCartney e seus sucessos no Engenhão.
(com texto de G1)
Eu senti muita falta de My Love.Eu amo essa música e não ouvi!
ResponderExcluir